Da harmonização à temperatura: escolha o vinho perfeito para cada situação

Apreciar um bom vinho é uma tradição que já existe há séculos, mas atualmente ela está ainda mais refinada. A combinação da bebida com a gastronomia forma um verdadeiro deleite para quem gosta de sentir novos sabores. Por isso, que em jantares mais formais ou em grandes celebrações, é altamente indicado um bom vinho que combine com os pratos que serão servidos.

Mas a combinação do vinho, ou harmonização com o termo mais correto, vai muito além de selecionar o melhor prato. A bebida também deve combinar com a situação em que é oferecida e também deve estar na temperatura ideal.

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Quando tudo isso é respeitado, a pessoa que degusta o vinho poderá sentir todas as notas e as principais características, permitindo uma experiência muito mais completa e apaixonante.

Temperatura

O vinho é uma bebida cheia de nuances, por isso é válido tomar os devidos cuidados para que cada um deles possa ser apreciado. Em um país tropical como o Brasil, servi-los à temperatura ambiente nem sempre é a melhor opção – principalmente quando faz mais do que 20º C – pois ao abrir a garrafa nessa temperatura o álcool da bebida irá evaporar rapidamente e ela perderá muitas de suas propriedades.

Se o vinho for de uma qualidade duvidosa, uma baixa temperatura poderá ajudar a disfarçar suas imperfeições. Espumantes e vinhos brancos doces podem ser servidos entre 6º C e 8º C. Já os brancos suaves, brancos secos e os espumantes rosé devem ser servidos preferencialmente entre 8º C e 10º C, o mesmo para o famoso Lambrusco.

Vinhos que sejam ainda mais secos, além dos rosados, serão degustados ainda melhor entre 10º C e 12º C, assim como vinhos Chardonnay e Sauvignon Blanc. Vinho do Porto, os grandes brancos e os tintos ligeiros permitem uma temperatura intermediária quando se fala de vinhos, podendo chegar entre 12º C e 14º C.

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Os tintos de pouco ou médio corpo são mais indicados nas temperaturas entre 14º C e 16º C. Já os mais macios ou envelhecidos, devem ser servidos entre 16º C e 18º C. Logo, os demais vinhos – os grandes tintos e aqueles ricos em tanino – podem ser servidos em 18ºC.

Deste modo, facilmente se pode perceber que os vinhos precisam sempre de um preparo especial. Uma adega climatizada pode permitir isso, pois ela garante que você ajuste a temperatura ideal antes de servir a bebida. Alguns modelos oferecem a possibilidade de armazenar e resfriar os vinhos em temperaturas diferentes.

Harmonizando com a refeição

Os vinhos tintos normalmente vão melhor com carnes, mas por existirem diversos tipos de vinhos tintos, eles são considerados também versáteis. Os secos mais leves acompanham perfeitamente carnes vermelhas fritas ou grelhadas, assim como frango cozido ou assado, pizzas, paella e bacalhau com molho.

Os secos mais encorpados são bons para acompanharem carnes assadas e os queijos brancos. Os mais leves, no geral, são bons para massas de molhos leves, enquanto os encorpados acompanham queijos duros. Se as massas forem acompanhadas de molho de tomate, de ervas ou algo mais condimentado, o ideal é optar pelo vinho tinto seco.

O vinho do Porto, apesar de ser mais forte, é ideal para acompanhar bolos, queijos azuis, frutas secas, sorvetes e sobremesas, não sendo um dos mais indicados para os pratos principais. Enquanto isso, os vinhos brancos são tradicionalmente harmonizados com peixes e outros frutos do mar, porém não combinam muito bem com comidas com muito tempero ou carnes vermelhas.

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Os vinhos rosé combinam perfeitamente com carnes magras grelhadas, verduras gratinadas, frango assado, charcutaria, massas italianas, entradas, omeletes e tortilhas. Porém, não é um dos mais indicados para peixes e outros mariscos cozidos simples, além de carnes gordas e queijos azuis. Os espumantes são mais flexíveis e combinam com diversos pratos, mas são ainda melhor apreciados quando servidos como aperitivos.

Alvaianas conquista o 1º prémio com o Côto de Sant’Ana que é  produzido pela quinta melgacense Alvaianas e foi o vencedor do XIII Concurso de Vinhos Verdes de Ponte de Lima na categoria Vinho Verde Regional Minho Tinto.

O concurso integra o programa da Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais de Ponte de Lima, que completou em 2015 a sua 25ª edição. O Vinhão do produtor José António Rodrigues, cuja quinta é também conhecida pelos alvarinhos biológicos, superou-se e este ano, ficando à frente dos tintos Vinhão da Quinta do Formigueiro (Arcos de Valdevez) e Quinta de Curvos (Braga). O resultado não colheu de surpresa o produtor, que já tinha recebido medalhas pelo “equilibrado” néctar das suas vinhas e desta colheita em particular.

“Há quatro anos que tenho participado e este é o terceiro prémio que recebo”, nota o produtor, que se vê alcançar o lugar maior no pódio depois de dois anos a conquistar o segundo lugar, neste concurso.

Antes desta, já na Vinho Verde Fest, em Braga, tinha premiado com prata este vinho tinto, mas o produtor não deixa de salientar as qualidades desafiadoras do produto, mesmo fora do solar onde geralmente reúne melhores condições. “Reconheço que Ponte da Barca e Ponte de Lima tem qualidades excelentes para o Vinhão, com condições que lhe dão mais cor e acidez que o nosso, mas este vinho saiu- nos excelente, com os aromas típicos da casta vinhão e acidez no ponto ideal”, refere José António.

O equilíbrio entre a acidez, teor alcoólico e a cor são os pontos fortes de um vinho que abre o precedente aos tintos de Melgaço, colocando em lugares de topo as castas mais exigentes em termos de condições edafoclimáticas para revelarem a sua excepcionalidade e que, no caso do Vinhão, são tradicionalmente atribuídas aos Vales do Vez e Lima.

Categorias e resultados:

Categoria – Vinho Verde / Regional Minho de Casta Loureiro

1º Prémio – Adega Ponte da Barca Loureiro Grande escolha (Adega Cooperativa de Ponte da Barca, C.R.L.)

2o Prémio – Quinta do Minho (Quinta do Minho, Agricultura e Turismo S.A.)

Menção honrosa – Quinta de Curvos Loureiro (Quinta de Curvos Sociedade Agrícola S.A.)

Categoria – Vinho Verde / Regional Minho Branco

1º Prémio – Estreia (Adega Cooperativa de Ponte da Barca, C.R.L.)

2º Prémio – Socalcos do Bouro (Corina Maria Pereira Antunes Almeida)

Menção honrosa – Portal do Fidalgo (PROVAM – Produtores de Vinhos Alvarinho de Monção, LDA)

Categoria – Vinho Verde / Regional Minho Tinto

1º Prémio – Côto de Sant’Ana Vinhão (Alvaianas, LDA)

2º Prémio – Quinta do Formigueiro Vinhão (António Pedro Guimarães Fernandes Ponte)

Menção honrosa – Curvos Vinhão (Quinta de Curvos Sociedade Agrícola S.A.)

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Vinho Alvaianas

O concurso, aberto a todos os Vinhos Verdes Alvarinhos da sub-região de Melgaço e Monção, provenientes exclusivamente de uvas da casta Alvarinho, da colheita de 2009, contou com a participação de 17 marcas. A avaliação dos vinhos foi feita pelo método de prova cega, ou seja, as garrafas com as amostras foram tapadas de forma a que o provador desconhecesse o vinho que estava a avaliar. Cada jurado apreciou as propriedades organolépticas individuais dos vinhos, nomeadamente no que respeita ao seu aspecto, aroma e sabor.

No final da prova, e após a soma da pontuação do júri, verificou-se que o vencedor foi o vinho Quinta de Alvaianas , produzido por José António Alves Rodrigues. Este produtor possui um total de 4 hac da casta Alvarinho. O vinho vencedor saiu de um lote de vinho biológico, produção própria da quinta, localizada na freguesia de Paços, concelho de Melgaço.

QUINTA DE ALVAIANAS VENCE CONCURSO DE VINHO ALVARINHO

Prova dos Vinhos

O segundo lugar foi para o vinho para a marca “Casa de Canhotos” produzido por Fernando Rodrigues, da freguesia de Penso, concelho de Melgaço.
O vinho “Terras da Aldeia”, produzido por Otília do Rosário Lourenço, na freguesia de Paderne ficou classificado em terceiro lugar.
Pelas 18.00 horas foram  entregues os prémios, aos três melhores classificados, pelo Presidente da Câmara Municipal de Melgaço e vereadores,  seguindo-se um “Alvarinho de Honra” com provas dos vinhos a concurso.
Para além do Concurso do Vinho Alvarinho, a Festa complementa-se com os expositores e venda de vinhos, de artesanato e de livros, animação pelas ruas da vila,  mostras de cantares, danças e trajes tradicionais, e, por último, variados espectáculos musicais.